terça-feira, 13 de agosto de 2013

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moginews.com.br Sábado, 20 de julho de 2013

Índice de obesidade cresce no País

Pesquisa com 188 mil pessoas aponta que 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres apresentam a doença
epidemiaPor resultar no acúmuloexcessivo de gordura, a obesidade é considerada uma doença metabólica. Deacordo com a especialista em obesidade e emagrecimento Camila Marques, o problema é multifatorial,
ou seja, pode ser causado por diversos fatores, como distúrbios genéticos, endócrinos,hormonais,
ambientais, socioeconômicos e, claro, hábitos alimentares inadequados e sedentarismo. Toda e qualquer pessoa que não adotar um estilo de vida ativo e saudável tem chances de desenvolver a obesidade e os riscos são ainda maiores para quem tem pais obesos. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares
(POF) 2009-2010, realizada em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o
Ministério da Saúde, 188 mil brasileiros de todas as idades foram analisados e concluiu-se que a obesidade
e o excesso de peso têm aumentado rapidamente nos últimos anos, em todas as faixas etárias, sendo
que 50% dos homens e 48% das mulheres estão acima do peso e 12,5% dos homens e 16,9% das mulheres apresentam obesidade. Além disso, a pesquisa afirmou que uma em cada
três crianças de 5 a 9 anos estão acima do peso. De acordo com a endocrinologista do Hospital Vitória,
Karla Fabiana Brasil Gomes, o Índice de Massa Corporal (IMC) é um indicador epidemiológico para
o diagnóstico do sobrepeso e da obesidade. Os pontos de corte para adultos são identificados com base neste índice (veja quadro). “A classificação adaptada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) baseia-se em padrões internacionais de- Bruna Costa Da reportagem local senvolvidos para pessoas adultas descendentes de europeus. Não existem estudos de corte nacional para definir os limites para a população
brasileira.” A aferição da circunferência abdominal é também outro método antropométrico
bastante utilizado e que reflete, de forma indireta,
o conteúdo de gordura visceral. “Entretanto, os valores de cintura abdominal que determinam o risco
cardiometabólico variam, dependendo da população estudada”, comenta. Karla conta que as primeiras
recomendações, norte-americanas estabeleceram os valores de 102 centímetros para homens
e 88 centímetros para mulheres, como pontos de corte. Mas, recentemente,A obesidade pode causar desde aumento de pressão arterial, até diabete mellitus, aumento de colesterol e triglicérides, gordura no fígado, litíase biliar e ainda alguns tipos de câncer. Pode, ainda, em função do aumento excessivo de peso causar problemas ortopédicos, respiratórios e psicológicos. Mudança de hábitos é fundamental Para não se tornar um obeso, a nutricionista e especialista em obesidade e emagrecimento Camila Marques orienta todas as pessoas a terem um acompanhamento nutricional. Além disso, ela ressalta a importância de um nutricionista
no período gestacional. “É indicado que a mulher procure um profissional especializado para ter um acompanhamento adequado, pois, é sabido que durante a gravidez já podemos prevenir a obesidade”,
recomenda. Para a endocrinologista Karla Fabiana Brasil Gomes, o tratamento da obesidade depende
da magnitude da perda de peso e da redução dos fatores de risco presentes no início do tratamento. “Uma intervenção terapêutica para perda de peso é eficaz quando há redução maior ou igual a 1% do peso corporal por mês, atingindo pelo menos 5% em 3 a 6 meses. A literatura respalda que a diminuição de 5% a 10% de peso reduz de forma significativa os fatores de risco para diabete e doenças cardiovasculares”,
afirma. Ela revela que o tratamento também auxilia na modificação do estilo de vida, na orientação
dietoterápica, no aumento da atividade física e em mudanças comportamentais. No entanto, o porcentual de
pacientes que não obtêm resultados satisfatórios com medidas conservadoras é alto. (B.C.) A classificação do Índice de Massa Corporal (IMC) é resultante do cálculo do Peso/ (Alt x Alt) e pode ser:
Saiba mais

Fonte: Dra. Karla Fabiana Brasil Gomes
Baixo peso.....................................................menor que 19
Peso normal.....................................................de 19 a 24,9
Sobrepeso.........................................................de 25 a 29,9
Obeso I (Moderado)......................................de 30,0 a 34,9
Obeso II (Grave).............................................de 35,0 a 39,9
Obeso III (Muito grave)...................................acima de 40
Fonte: Dra. Camila Marques

Outros efeitos nocivos
A aferição da circunferência abdominal é mais um método antropométrico utilizado para indicar o grau de obesidade nas pessoas
Divulgação níveis menores como de 94 centímetros para homens e 80 centímetros para mulheres
têm sido considerados mais apropriados. Camila completa que o tipo de obesidade é determinado
de acordo com um cálculo que analisa a relação da circunferência da cintura e do quadril. “A
obesidade andróide (mais centralizada na região da barriga) está relacionada com doenças cardiovasculares
e a obesidade ginecóide (mais centralizada nos quadris) tem forte relação com doenças vasculares e
periféricas. Existem, ainda, os graus da obesidade que são determinados de acordo com o cálculo de IMC, além de várias outras doenças que ela pode desenvolver”,
explica.

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